23.1.08

1 ano...

Tem 1 ano que eu descobri que estava grávida. 1 ano que eu ouvi pela primeira vez o coraçãozinho do meu filho (ainda lembro do médico da ecografia perguntando: quer ouvir o coração? E da nossa cara de assustados de 'como assim coração? como pode um ser tão pequeno já ter coração?). 1 ano que a idéia e a vontade de ser mãe começaram a se concretizar na minha cabeça e no meu corpo.

Tenho que ser sincera, no começo, fiquei mais assustada do que qualquer coisa. Mas a cada dia que passava, eu me acostumava mais com a idéia e aprendia a amar aquele serzinho que crescia na minha barriga.

E agora, com ele aqui, sempre do meu lado e cada vez mais fofo e lindo, descubro todo dia um novo motivo para amá-lo ainda mais.

16.1.08

Mesversário!

Já tem 4 meses que o Dudu nasceu. Parece que foi ontem... Quando foi que adiantaram o tempo, que eu não vi?

É muito louco isso, mas eu já tô com saudades dessa fase dele. Um dia desses Micael colocou o cd do palavra cantada que a gente colocava pra acalmá-lo durante as cólicas do 1º mês e eu desandei a chorar... Ao mesmo tempo que eu não vejo a hora de vê-lo correndo e falando por aí, me dói o coração de pensar na falta que eu vou sentir dele bebezinho assim.

Bem que todo mundo fala por aí: aproveita por que passa rápido. E como...

15.1.08

Bebê x Gatos

Acho que uma das perguntas que eu mais ouvi no começo da gravidez foi: e agora, você vai fazer o que com os seus gatos? E eu sempre tentava fazer cara de paisagem pra não ter que dar uma resposta malcriada. Acho que só quem tem bichos, entende o amor que a gente sente por eles.

Nem passava pela minha cabeça 'me livrar' dos gatos só porque estava grávida. A única vez, foi sugestão da minha médica, por causa de um exame alterado. Eu chorei tanto quando ela falou que eu não poderia ficar com os gatos em casa, que ela até me pediu desculpas depois. A sorte foi que a tal alteração foi erro do laboratório e eu pude continar com o Dimi e com a Mel em casa.

Eu nem tinha medo de doenças, por que eu sabia que eles eram (são) saudáveis. O que me preocupava mesmo era se o Dudu tivesse alguma alergia a gatos ou se eles ficassem agressivos por causa de ciúmes.

Mas Graças a Deus (e contrariando as previsões de muita gente por aí), nada aconteceu. Eu não tive nenhum tipo de problema, nem o Dudu teve alergia ou os gatos ficaram agressivos, com ciúmes. Aliás, o que aconteceu foi exatemente o contrário de ciúmes.

Logo que a gente chegou, nos preocupamos em mostrar o bebê pro Dimi e pra Mel, pra eles poderem conhecer e não estranharem a ponto de ficarem se sentindo ameaçados a ponto de agredi-lo.

O Dimitri, que sempre foi meio desconfiado, chegou, deu uma olhada meio de lado, uma cheirada e foi embora pra cima do armário. Com a Mel, já foi diferente. Ela ficou toda curiosa, querendo ver o que era, miando baixinho (mas sem agressividade nenhuma). E assim ficou nas primeiras semanas. Cada vez que ele chorava, o Dimi saía correndo e a Mel vinha pra perto.

Sei lá o que aconteceu, mas acho que o instinto maternal dela se aflorou e ela começou a 'cuidar' do Dudu. Onde ele estiver dormindo, ela tá do lado. Se ele não tá no berço, ela fica miando como se estivesse procurando por ele. Quase toda vez que eu amamento, ela está por perto. É a coisa mais fofa.


Quero só ver se ela vai continuar cuidando dele assim quando ele começar a andar e sair puxando o rabo dela por aí. :p

13.1.08

O Parto

Chegamos no hospital e minha médica já estava lá. (Isso era mais ou menos umas 5h da manhã. Foi ótimo por que não pegamos trânsito algum e o hospital estava super vazio). Fomos para uma salinha para ela me examinar. Ela fez as perguntas básicas - se tinha estourado a bolsa, se eu tava tendo contração e o que eu estava sentindo, brigou comigo por que eu comi paella e depois mediu minha pressão (realmente estava 16x11, mas ela falou que podia estar alta assim por conta da comida mesmo).

Aí ela foi fazer o toque, pra ver se eu estava em TP ou não. (Cara, como doeu. Foi a primeira dor forte que eu senti no trabalho de parto). E, para a minha surpresa, eu estava com 5 cm, na metade do caminho! (tudo bem que era a metade mais fácil, mas já tava na metade). Fiquei assustadíssima e meio passada (acho que eu ainda estava dormindo um pouco), por que eu achava que até chegar a 5 cm eu ia morrer de dor e ia demorar horrores. E eu não senti nada até a hora do toque. Na verdade, eu só fui pro hospital por causa da pressão.

Depois que ela fez o toque, eu comecei a sentir umas dores mais fortes, mas nada muito insuportável demais. Cada hora que doía, eu ficava de cocóras e a Rita fazia massagem na minha lombar - a melhor coisa do mundo. E entre uma contração e outra, andava pra cima e pra baixo. Depois de uns 40 minutos, ela fez outro exame de toque e eu já estava com 7cm. Minha vontade era ter o bebê no quarto, mas a médica ficou preocupada com a minha pressão (que continuava alta) e lá fomos nós pro centro cirurgico.

Até o centro cirurgico eu tive mais umas 5 contrações - cada vez mais fortes - e vomitei bastante. Mas era muito engraçado. Entre uma contração e outra, parecia que nada estava acontecendo, que eu não tinha sentido nenhuma dor. Nessa hora, as contrações já estavam doendo mesmo e eu me agachava e fazia barulhos onde quer que estivesse, não tava nem aí.

Eu não me lembro direito das coisas daqui pra frente. Sei lá, mas parece que fiquei meio em transe. Eu lembro de ter uma contração forte na hora de colocar a camisola, de ficar sentada na banqueta de parto um tempão e do Micael sumir (acho que ele tinha ido levar as coisas pro quarto). A cada contração eu ficava mais nervosa, com medo da dor mesmo.Teve uma hora lá que eu achei que eu não fosse dar conta, parecia que eu não tinha mais forças. (Engraçado que eu não lembro da dor, mas era uma coisa que tirava as minhas energias). Dava pra sentir ele escorregando dentro de mim e meus ossos se abrindo... Parece assustador - e é um pouco, mas era muito bom também. Porque logo logo aquela dor ia acabar e meu bebê ia nascer...

A Dr. Geovana decidiu me dar um remédio para baixar a pressão e eu fiquei bem mais tranquila depois disso, tanto que dilatei mais 1cm em 10 minutos. Mas mesmo com o remédio, minha pressão não baixou tanto - e aumentava a cada pico de dor. E eu meio que estacionei nos 9 cm de dilatação. Ela ficou com medo da minha pressão enlouquecer na hora do expulsivo e acabou me dando anestesia.

Na hora eu achei maravilhoso! A dor parou, eu consegui me controlar e ficar mais focada no parto. Mas em compensação, as contrações pararam. Acabou que tive que tomar um pouco de ocitocina pra elas voltarem. Mas mesmo depois que elas voltaram, eu não conseguia fazer força, por que não sentia nada. A parte ruim foi essa. Veio um médico empurrar a minha barriga e eu tive um trabalhão para conseguir fazer força direito. Foi um trabalho mental mesmo. Eu tinha que prestar atenção no que eu estava fazendo pra poder sair uma força certa.

Eu tava tão focada em fazer força, que nem reparei a hora que ele saiu. Só me lembro de alguém falando que eu podia parar, por que ele já tinha nascido. Micael cortou o cordão, enrolaram ele num paninho e colocaram no meu peito pra mamar. Eu ainda não sei o que eu senti na hora. Foi uma mistura de alívio, com felicidade, com poder. Tudo o que eu precisava naquela hora tava ali comigo: meu filho e o Micael. É um sentimento inexplicável mesmo.

Ele ficou um tempo no meu colo e levaram ele pra dar banho, pesar e medir (3,510, 51,5 cm e apgar 9/9). E enquanto isso a médica ficou esperando a placenta sair e me costurando. Lembro dela elogiando minha placenta e meu colo do útero e falando que eu era parideira e que era pra ter cuidado que, se eu tivesse o meu segundo filho logo, ele poderia nascer em casa, por que meu TP foi muito rápido (eu comece a sentir alguma coisa 3h da manhã, cheguei no hospital as 5h e ele nasceu 7h33)

Hoje eu vejo que meu parto poderia ter sido totalmente diferente. Se eu tivesse com um médico que não acreditasse em parto normal, eu teria 'entrado na faca' fácil fácil. Valeu a pena ir atrás de um médico que respeitou a minha vontade e o meu corpo; Ttá, eu ainda tô um pouco contrariada por ter tomado anestesia. Por mim, podia ter passado sem essa(A dr. Geovana mesmo falou que foi paranóia obstétrica dela). Mas não tem como saber, né? Hoje eu falo isso, mas na hora lá, a anestesia foi a melhor coisa do mundo...

O que eu sei mesmo é que eu passaria por tudo de novo, o tanto de vezes que fosse necessário. Todo mundo fala por aí que depois que o nenen nasce, a gente fica com saudades da barriga. Eu não. Eu tenho saudades mesmo é do meu parto.

12.1.08

Pré Parto - parte II

Passamos o dia inteiro anterior ao parto na casa da prima do Micael. O almoço foi paella e eu morri de comer, de repetir o prato. O dia foi uma delícia. Fiquei um tempão conversando na beira da piscina, sobre o bebê e o parto, é claro. (Acho que até aposta pra ver que dia ele ia nascer rolou).

A aposta era que ele iria demorar a nascer. E eu, cada vez mais agoniada com isso, com medo do demorar mesmo e eu ficar muito tempo a toa em casa. Ao mesmo tempo que eu tentava ficar tranquila, pensando que não adiantava ficar nervosa por que ele iria nascer quando ele quisesse, ficava morrendo de medo de ficar mais umas 3 semanas grávida, enorme daquele jeito, não entrar em trabalho de parto e ter que fazer uma cesárea. (Na verdade, ao mesmo tempo que eu queria muito um parto normal, eu estava em pânico de ter um parto normal. Muito maluco isso)

Fomos pra casa umas 8h da noite. Assim que cheguei, fui tomar banho. Peguei um banquinho e fiquei um tempão embaixo do chuveiro. E eu fiz uma coisa que eu não fiz muito durante a gravidez: conversei com o bebê. Falei que tava tudo pronto, que eu e o pai dele estávamos aqui, esperando ele nascer, que o quartinho dele tava arrumado, que as avós e as tias dele estavam doidas pra conhece-lo logo e que ele poderia vir a hora que ele quisesse, por que a gente tava preparado. E fiquei falando pra mim mesma que eu ia dar conta, que eu não devia ter medo, que era natural e que meu corpo tava preparado pra isso. Depois disso, fui dormir mais relaxada.

Acordei umas 3h da manhã, para o xixi básico de todas as noites. Fui ao banheiro, fiz xixi e voltei pra dormir. Acordei uma meia hora depois, morrendo de vontade de soltar pum - tipo com uma pontada na parte baixa da barriga - mas sem conseguir. Voltei pro banheiro, com um pouco de diarréia e comecei a ter uns tremeliques, como se estivesse com frio. Como estava fazendo controle de pressão em casa, peguei a pulseirinha eletrônica e vi que estava com a pressão em 16x11. Achei que estava errado e medi mais umas 3x pra ter certeza. E a pressão continuava sempre a mesma... Nessa hora, chamei o Micael.

Ele acordou meio assustado, perguntando se eu tava tendo contração. E eu só falava que tava com dor de barriga e que a minha pressão estava muito alta (Depois ele me falou que sabia que eu estava em TP). Ele ligou pra minha médica e ela pediu pra gente ir pro hospital pra dar uma olhada na pressão. Acabou que só nessa hora que fomos arrumar as coisas pra levar (por mim, nem arrumava nada. Eu realmente achava que estava passando mal por causa da paella e não em trabalho de parto).

Eu estava tão nervosa, por causa da pressão (com medo de ter que fazer uma cesárea antes da hora) que nem reparei se estava tendo contrações ou não. A única coisa que eu sentia era uma pontada na parte baixa da barriga e vontade de soltar pum, mais nada.

Antes de ir pro hospital, passamos na casa da Rita, minha doula, para pegá-la. Ela me perguntou o que eu estava sentindo e depois de eu responder ela falou: você não tá sentindo contração mesmo? por que tá com toda a cara de um trabalho de parto bem evoluído. E eu: não, a única coisa que eu tô sentindo é vontade de fazer pum e ele mexendo bastante. Aí ela me pediu para mostrar pra ela quando eu sentisse uma pontada e ele mexendo. Na hora que eu mostrei ela me falou: isso é uma contração, não é ele mexendo não. Eu fiquei com cara de tacho, por que sempre achei que contração fosse aquela dor louca e a barriga toda dura. E não estava acontecendo nem uma coisa, nem outra...

Pré parto - parte I

O Eduardo nasceu 4 dias antes da data prevista. Aliás, a data prevista do nascimento era dia 20 de setembro, mas ele poderia nascer duas semanas antes ou duas semanas depois. Ou seja, o mês de setembro praticamente todo. (Eu tentava não ficar muito ansiosa com isso, mas só de saber que a partir do começo do mês ele poderia nascer a qualquer momento, não teve como controlar muito a ansiedade. E da-lha florais e acupuntura pra ajudar).

Eu estava bem. Enoooooorme, mas bem. O problema todo era que estava no auge da seca de Brasília (há quase 2 meses sem chover). Cada andadinha era uma canseira só. Dirigir também. Se pra uma pessoa nas condições normais de temperatura e pressão já é complicado viver na seca de Brasília, para uma grávida - no último mês de grávidez - é praticamente impossível.

Eu não aguentava mais estar grávida, tenho que ser sincera. Mas sabia que ele só nasceria na hora que ele quisesse, que nem tinha muito o que fazer. Nunca nem cogitei a possibilidade de fazer uma cesárea marcada (eu não, mas uma das médicas que eu consultei sim. Troquei de médica na hora). Só 'entraria na faca' se não tivesse jeito mesmo. Eu queria pelo menos entrar em trabalho de parto. Assim, eu saberia que estava na hora do meu bebê nascer.

Quando eu completei 38 semanas - 6 de setembro, minha médica pediu pra eu entrar de licença. Ela estava preocupada por que minha pressão estava oscilando, achou que pudesse ser por causa do stress do trabalho e me mandou ficar quieta em casa. Eu não queria muito, ficava com medo de entrar de licença, o bebe só nascer 4 semanas depois e eu acabar perdendo muito tempo da licença maternidade... Mas ela me deu um atestado e eu aceitei.

Ir pra casa foi bom, mas foi ruim. Foi bom por que eu pude descansar, acabar de arrumar as coisas, dormir bastante. Mas foi ruim por que eu ficava cada vez mais ansiosa. Cada um que me encontrava perguntava 'nossa, ainda não nasceu?'. Ai, dava vontade de responder 'não, ele decidiu que a minha barriga é o lugar mais gostoso do mundo e vai morar aí pra sempre'. E sempre tinham os pitacos 'ah, sua barriga tá alta', 'nossa, você vai tentar normal? marca logo cesárea e acaba logo com isso...' e por aí vai.

Dia 14 eu tive uma consulta. Ela falou que o bebê estava um pouco baixo, bem encaixado, que eu estava com o colo do útero 50% apagado e que eu estava começando a dilatar... Mas que demoraria pelo menos uma semana. Eu fiquei feliz em saber que logo logo ele nasceria, mas fiquei um pouco decepcionada. Queria ter saído da consulta com a notícia de que eu estava no caminho de entrar em TP no máximo até o dia seguinte.

No dia seguinte teve um almoço na casa de uma prima do Micael. Lá fui eu com meu barrigão, andando que nem um pinguim e preparada pra ouvir: nossa, ainda não nasceu? O dia estava lindo. Como eu e Micael quase não tínhamos fotos juntos na gravidez e minha cunhada tinha um trabalho de fotografia pra faculdade, decidimos tirar umas fotos. Ainda bem... Porque em menos de 24 horas, o Dudu iria nascer...


11.1.08

A Gravidez

Minha gravidez foi super tranquila (tirando a parte dos enjoos, daquele sono descomunal e do meu humor mudando a cada 5 segundos). Entrei pra ioga, fazia massagem e acompanhamento com nutricionista. (Como engravidei bem acima do peso, não podia me dar ao luxo de engordar demais, coisa que realmente não aconteceu. E o melhor, hoje estou 5kg mais magra do que quando engravidei). Antes de engravidar, eu achava que ia ficar tão gorda e grande que não ia nem conseguir andar direito, mas foi bem diferente disso, tanto que eu dirigi até 2 dias antes dele nascer. Pra falar a verdade, tinha horas que eu nem lembrava que estava grávida - só lembrava por causa dos milhões de xixis ao longo do dia e por causa do tanto que ele mexia na minha barriga.

Aliás, demorei a me acostumar com ele mexendo na minha barriga (tenho que ser sincera, nas primeiras mexidas, eu achava que eram gases :p). Mas depois que acostumei, era divertido demais. Ele soluçava praticamente todos os dias (era muito engraçado ver a barriga pulando ritmadamente). Tinha dias que dava pra sentir direitinho onde estava o pezinho ou o bumbum. Sempre que eu voltava pra casa, do trabalho, colocava musica clássica pra ele ouvir (não sei se ele gostava, mas eu me acalmava que era uma beleza...). No final da gravidez então, quando não tinha mais espaço pra ele se mexer, era uma luta. Era ele contra minha bexiga e minhas costelas, principalmente.

Eu me sentia meio culpada durante a gravidez por que não me sentia como muita gente fala por aí (tipo 'é um momento sublime', 'você se sente mais mulher', blablabla) e nem tinha uma mega conexão com o bebê. Pra mim a gravidez sempre foi algo normal, que eu tinha que passar pra ter o meu filho. Vira e mexe alguém me perguntava se eu conversava com ele. Eu achava meio estranho falar com ele dentro da minha barriga, tenho que ser sincera. Eu falava com ele de vez em quando, mas nada de ficar batendo altos papos. Na verdade, não teve um click que me conectou a ele. Foi algo que foi acontecendo aos poucos...

Primeiro eu fiquei sabendo da gravidez, mas era meio surreal acreditar que aquele feijãozinho com coração ia se tornar um bebê um dia. Na próxima ecografia ele já deu pra ver o formatinho das perninhas e das mãozinhas. Depois já deu pra contar os dedinhos, ver o narizinho e a boquinha (perfeitos) e quando eu estava com mais ou menos 5 meses, deu pra ver que era um menino (o que foi totalmente contra à minha intuição de que seria uma menina). Aì comecei a comprar as roupinhas, arrumar o quartinho e esperar. Acho que a ficha foi caindo aos pouquinhos. Aos pouquinhos nada, minha ficha só caiu mesmo depois que ele nasceu. Aliás, ainda hoje eu paro, olho pra ele e não acredito. :p

Eu me lembro de um dia na aula de ioga. Eu lá, enorme, com 37 semanas e a Tracy, minha professora comentando: 'tá tudo pronto? vocês já arrumaram a mala da maternidade? Tem que arrumar logo por que tá chegando a hora. Vocês passam 9 meses arrumando tudo do bebê e quando chegam no final da gravidez parece que se esquecem que o nenen pode nascer a qualquer momento'. E era por aí mesmo. Eu passei quase 9 meses arrumando tudo, me preparando e mesmo assim era estranho a idéia de que logo logo eu teria um bebê na minha casa. Um bebê não, o meu bebê.

Tanto que eu não arrumei a tal mala da maternidade coisa nenhuma. Só fui arrumar na hora de ir pro hospital, correndo que nem uma doida. E só arrumei por que o Micael mandou. Eu tava em trabalho de parto e nem sabia...

8.1.08

365 dias

Eu comecei 2007 com vontade de engravidar, mas sem nem ter idéia de que já estava grávida. E terminei o ano comemorando a chegada de 2008 com meu filho no colo.

Como pode a vida de uma pessoa mudar tanto em 365 dias? Todos aqueles clichês que todo mundo lê sobre maternidade são a mais pura verdade. Mas só depois de ser mãe que a gente passa a ter certeza disso...